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Sou um ciclista. Não daqueles naturebas, não daqueles engajados, não daqueles que fazem passeios coletivos noturnos durante a semana. Apenas uso uma bike. Periodicamente. Uma mountain bike de alumínio, sem suspensão, com meia dúzia de equipamentos.
É fácil a vida de um ciclista em uma grande cidade, como São Paulo? Hum…
É uma versão miniatura da guerra entre motoboys e motoristas de carros e ônibus. Só que a diferença é que você está mais vulnerável numa bike. E é engraçado como isso, ao invés de inspirar responsabilidade, pelo contrário, estimula gente babaca a se comportar de forma mais babaca ainda. Carros, motos e ônibus tirando finas das magrelas, passando em poças d’água, jogando latas e papéis nos ciclistas, ameaçando fisicamente com fechadas como se ignorassem a existência dos caras – ou os avisasse de uma forma primata “este é o nosso espaço, saia ou morra!”.
A cada duas ou três vezes que saio, vejo ao menos uma situação do gênero – comigo ou com terceiros. Imagino o que passam os caras – que merecem aplausos pela iniciativa – que vão e voltam do trabalho nas magrelas, todo santo dia.
Dependendo do horário e local, você topa com um tipo de marginal. Durante a semana, de manhã ou no final da tarde, você sofrerá mais com os workaholics e procrastinadores (são extremos de uma mesma moeda) desesperados para chegar ao trabalho ou em casa a tempo, nem que para isso passe por cima de você. Cuidado quando for circular nas ruas e avenidas, mesmo colado à guia: esses estressadinhos são aqueles caras que, sob trânsito pesado (ou mesmo congestionado) mudam de faixa com a velocidade de uma ultrapassagem de Fórmula 1. A chance de você ser atropelado como um pino de boliche nessa peripécia é grande.
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